CESSAR-FOGO ENTRE ISRAEL E HAMAS ENTRA EM VIGOR APÓS ATRASO DE TRÊS HORAS
Trégua começa após impasse sobre a liberação de reféns e tensão nas negociações
O cessar-fogo entre Israel e o Hamas finalmente entrou em
vigor neste domingo (19), mas apenas após um atraso de quase três horas. O
adiamento ocorreu porque o grupo Hamas demorou a entregar a lista com os nomes
das primeiras reféns que seriam libertadas, gerando tensão e expectativa nas
negociações.
O dia era aguardado com ansiedade, não apenas por palestinos
e israelenses, mas também pela comunidade internacional, que acompanha de perto
os desdobramentos do conflito. No entanto, menos de 24 horas após o anúncio da
trégua, o governo de Israel, liderado por Benjamin Netanyahu, adiou a
ratificação do acordo. Segundo autoridades israelenses, o Hamas teria tentado
fazer "exigências de última hora", sem que houvesse detalhes sobre
essas alegações.
Inicialmente, o cessar-fogo deveria começar às 8h30 no
horário local (3h30 em Brasília). Durante o atraso, as Forças de Defesa de
Israel (FDI) continuaram a realizar ataques aéreos em Gaza, enquanto aguardavam
a confirmação dos próximos passos.
Libertação das primeiras reféns
Cerca de duas horas após o horário originalmente previsto para o início da
trégua, o Hamas divulgou os nomes de três mulheres que seriam libertadas neste
domingo. As reféns identificadas foram:
Romi Gonen, 24 anos
Emily Damari, 28 anos
Doron Steinbrecher, 31 anos
Após receber a lista, o governo israelense verificou as
informações e notificou as famílias das reféns. Com isso, o cessar-fogo foi
oficialmente iniciado às 11h15 no horário local (6h15 em Brasília).
Contexto e expectativa internacional
A trégua ocorre em meio a um cenário de intensos combates e forte pressão
internacional para um acordo humanitário que permita o alívio das tensões na
região e a libertação de reféns. O atraso no início do cessar-fogo gerou
dúvidas, mas o avanço na liberação de reféns foi visto como um passo importante
para reduzir o sofrimento causado pelo conflito.
O cessar-fogo é considerado uma janela de oportunidade para
negociações futuras, mas especialistas alertam que a situação ainda é
extremamente delicada e instável. A comunidade internacional continua
observando de perto os desdobramentos na região.
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