MAURO CID CITA MICHELLE E EDUARDO BOLSONARO EM DELAÇÃO PREMIADA: VEJA QUEM MAIS FOI CITADO
De acordo com depoimento de Mauro Cid, Michelle e Eduardo Bolsonaro estariam entre os principais articuladores de ações radicais após as eleições de 2022
Em depoimento à Polícia Federal, o tenente-coronel Mauro
Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro, revelou que
Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) integravam um
dos grupos mais radicais que cercavam o presidente após as eleições de 2022.
Segundo Cid, ambos incentivaram Bolsonaro a tomar medidas para contestar os
resultados da eleição presidencial daquele ano.
No depoimento de agosto de 2023, Cid mencionou nove dos 40
nomes que seriam indiciados pela PF por tentativa de golpe de Estado. A
investigação, que foi concluída em novembro de 2024, resultou em 37
indiciamentos, com a adição de três novos nomes em dezembro. No entanto,
Michelle e Eduardo Bolsonaro não foram indiciados.
O depoimento também detalhou a existência de diferentes alas
dentro do governo, com alguns membros defendendo a desmobilização dos
acampamentos de apoiadores em frente aos quartéis, enquanto outros, como
Michelle e Eduardo, se mostraram favoráveis a ações mais radicais. A ala
moderada, por outro lado, pedia que o presidente desistisse de tentar reverter
o resultado eleitoral, evitando um possível golpe de Estado.
Entre os outros membros da ala radical citados por Cid estão
ex-ministros como Walter Braga Netto, Onyx Lorenzoni, Eduardo Pazuello, Gilson
Machado e Mario Fernandes, além de senadores como Magno Malta, Luiz Carlos
Heinze e Jorge Seif. Também foram mencionados figuras do setor militar e outros
membros do governo, como Valdemar Costa Neto, presidente do PL, e Filipe
Martins, ex-assessor para assuntos internacionais.
A investigação revelou planos de uma ruptura institucional,
que incluíam ações extremas, como a prisão de ministros do Supremo Tribunal
Federal (STF) e até assassinatos de autoridades, como os eleitos presidente e
vice, Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin.
Em resposta às acusações, muitos dos citados
negaram envolvimento em qualquer tentativa de golpe. A defesa de vários
ex-ministros e membros citados alegou que as acusações eram infundadas ou
fabricadas, e todos reafirmaram
seu compromisso com as investigações em andamento. A Polícia Federal segue
investigando os envolvidos, com ênfase nos principais nomes da organização
golpista.
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