A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou
nesta sexta-feira (27) que a bandeira tarifária do setor elétrico brasileiro
será verde em fevereiro de 2025, o que significa que os consumidores não terão
custo adicional em suas contas de energia. Essa será a terceira vez consecutiva
em que não haverá acréscimos, resultado da boa performance da geração
hidrelétrica no país.

De acordo com a Aneel, a classificação verde foi possível
graças ao volume de chuvas e à boa situação dos níveis dos reservatórios.
"Os consumidores não terão custo adicional nas contas de energia devido à
previsão de geração hidrelétrica favorável", afirmou a agência.

Desde a introdução das bandeiras tarifárias, a bandeira verde
esteve em vigor por um longo período, entre abril de 2022 e julho de 2024. Em
agosto de 2024, ela foi restabelecida após a aplicação da bandeira amarela. Nos
meses seguintes, as bandeiras variaram entre vermelha (patamar 1 e 2) e
amarela, até retornar ao verde em dezembro de 2024. A medida valerá para todos
os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

O sistema de bandeiras tarifárias, criado em 2015, tem como
objetivo informar os consumidores sobre o custo da geração de energia no
Brasil, refletindo a variação dos preços de produção conforme o uso de
diferentes fontes de energia. Esse mecanismo considera fatores como a
disponibilidade de água, o uso de fontes renováveis e o acionamento de
termelétricas, mais caras, em momentos de escassez hídrica.

O Brasil gera cerca de 71% de sua energia a partir de
hidrelétricas, sendo a restante proveniente de fontes como eólica, solar e
nuclear. Durante períodos de seca, as hidrelétricas podem ter sua geração
comprometida, obrigando o acionamento das usinas térmicas, que elevam os custos
devido ao consumo de combustíveis fósseis.

Entenda as bandeiras tarifárias:

Bandeira verde: Condições favoráveis de geração, sem
acréscimo na tarifa.

Bandeira amarela: Condições menos favoráveis, com acréscimo
de R$ 0,01885 por kWh consumido.

Bandeira vermelha - Patamar 1: Condições mais custosas, com
acréscimo de R$ 0,04463 por kWh consumido.

Bandeira vermelha - Patamar 2: Condições ainda mais
onerosas, com acréscimo de R$ 0,07877 por kWh consumido.

A medida traz um alívio aos consumidores, que terão um mês
de fevereiro sem custos extras em suas contas de energia, refletindo a
recuperação das condições hidrológicas do país.