ACUSADO QUE MATAR SUBDELEGADO EM SANTALUZ Há QUASE 30 ANOS ATRÁS É CONDENADO A MAIS DE 17 ANOS DE PRISÃO
Após anulação de julgamento anterior, Aloísio Carneiro é condenado a 17 anos e 6 meses de prisão pelo assassinato do subdelegado Germano Bispo

Quase três décadas depois do assassinato do subdelegado Germano dos Santos Bispo, a Justiça finalmente condenou Aloísio Carneiro de Oliveira, conhecido como "Gago", pelo crime. O julgamento ocorreu nesta quinta-feira (20) no Fórum Desembargador José Maciel dos Santos, em Santaluz, e foi conduzido pelo juiz Joel Firmino do Nascimento Júnior.
A condenação veio após a anulação do primeiro julgamento, realizado em julho de 2016, no qual Aloísio havia sido absolvido. Desta vez, ele não compareceu ao tribunal, alegando problemas de saúde.
O crime e a investigação
O assassinato aconteceu em 19 de novembro de 1995, durante uma festa de aniversário. Testemunhas relataram que, no meio do evento, um apagão repentino foi seguido por disparos de arma de fogo, que atingiram Germano. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
As investigações indicaram que, dias antes do crime, o subdelegado havia apreendido um revólver que estava com Aloísio em um bar da cidade. Esse episódio teria gerado desavenças entre os dois, levando ao homicídio.
A Polícia Civil pediu a prisão preventiva de Aloísio, e o Ministério Público reforçou o pedido. No entanto, no primeiro julgamento, ele foi absolvido por 4 votos a 1 devido à alegação de falta de provas. O Ministério Público recorreu e conseguiu a anulação da decisão.
Condenação após novo julgamento
No novo julgamento, o conselho de sentença decidiu pela condenação de Aloísio por 4 votos a 3. A acusação foi liderada pelo promotor de justiça Wladmir de Sousa Jesus, com apoio do advogado Elson Soares. Já a defesa ficou a cargo do advogado Mauro Geosvaldo Ferreira Silva.
A sentença determinou 17 anos e 6 meses de reclusão por homicídio qualificado. O promotor solicitou a execução imediata da pena, e o juiz Joel Firmino do Nascimento Júnior decretou a prisão de Aloísio, pondo fim a um caso que permaneceu sem desfecho por quase 30 anos.
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