Uma mulher de 31 anos, identificada como Érica Garcês de Oliveira, foi morta a tiros na manhã deste sábado (29) em Bento Gonçalves, no interior do Rio Grande do Sul. O crime aconteceu por volta das 7h40, na Rua Tupanciretã, no bairro Juventude da Enologia.

De acordo com informações do portal Serra Nossa, a Brigada Militar recebeu diversas ligações relatando disparos de arma de fogo na região. Ao chegarem ao local, os policiais encontraram Érica gravemente ferida. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e socorreu a vítima, que foi levada ao Hospital Tacchini, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu pouco depois.

As primeiras investigações apontam que o principal suspeito do crime é o companheiro de Érica, Idelmário Mercês de Santana, de 30 anos, que fugiu e segue foragido. A Polícia Civil investiga o caso como feminicídio.

Discussão antes do crime

Segundo relatos de familiares, Érica vivia em Bento Gonçalves desde novembro de 2022 e teve um relacionamento de oito anos com Idelmário. Nos últimos tempos, o homem demonstrava muito ciúmes e não aceitava o fim da relação.

Na madrugada do crime, Érica, que trabalhava em uma fábrica de pneus, havia saído do expediente e sido buscada pelo companheiro. Testemunhas afirmam que o casal discutiu antes de entrar no ônibus da empresa e, ao desembarcarem, a briga continuou na rua. Foi nesse momento que Idelmário sacou uma arma e atirou na cabeça da vítima.

O suspeito, que trabalha em uma empresa de frangos, fugiu logo após o crime e ainda não foi localizado pelas autoridades.

Campanha para traslado do corpo

Familiares de Érica iniciaram uma campanha para arrecadar fundos e viabilizar o translado do corpo para sua cidade natal, Retirolândia, na Bahia. A vítima deixa quatro filhos, sendo dois do relacionamento com Idelmário e outros dois de um casamento anterior.

Este foi o nono homicídio registrado em Bento Gonçalves em 2025. A cidade tem atraído muitos trabalhadores da região sisaleira da Bahia em busca de emprego, principalmente no setor vitivinícola. Entretanto, a cidade já foi palco de escândalos relacionados a exploração trabalhista, como o caso de 2023, quando um empresário foi preso por manter 150 trabalhadores em condições análogas à escravidão.